Um apelo à representatividade


- Comunicativa -

Um apelo à representatividade

Representatividade. Uma palavra grande e com um peso maior ainda. É esse conceito que tem pesado no ombro dos publicitários contemporâneos, principalmente desde que se tornou a palavra de ordem da audiência.

Em um estudo realizado pelo Instituto Locomotiva, com levantamento executado entre os meses de fevereiro e abril desse ano, ao ser indagado sobre as expectativas publicitárias o consumidor revelou-se insatisfeito com os conteúdos veiculados e exigiu representatividade.

Os resultados obtidos através da pesquisa promovida pelo instituto foram confrontados com aqueles fornecidos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, e a constatação foi de que é pela falta de confiança que pecam as marcas em relação aos seus consumidores.

Os números são extremamente expressivos e mostram que aproximadamente 101 milhões de consumidores não confiam nas empresas e 103 milhões afirmam que não se identificam com as propagandas de TV.

Em um ambiente onde a diversidade é o carro chefe, cerca de 76% dos brasileiros afirmam que os comerciais deveriam representar de forma mais incisiva a diversidade característica da população nacional.

Renato Meirelles, criador do Instituto, diz que “O resultado da pesquisa deixa claro que as propagandas estão longe de conseguir construir identidade com os consumidores brasileiros. É como se ela utilizasse a linguagem do século 20 para falar com o consumidor do século 21. As empresas precisam entender que o poder mudou de mãos. O poder não está mais nas marcas, mas nos consumidores”

O quadro é bastante preocupante e mostra, não só a dificuldade de interpretação das marcas quanto aos desejos dos seus consumidores, mas também a falha no direcionamento comunicativo das campanhas que estão sendo veiculadas